DEMOCRACIA de MERCADO!
- Link-it
- 28 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de ago. de 2020
Viva a democracia! Será que é exatamente disso que se trata o poder da liberdade de escolha? Esse é um canal para filosofarmos sobre marcas e negócios, entre mim e você. E quem mais quiser participar!

E é sobre participação que vamos falar hoje.
Outro dia assisti a um documentário muito interessante, sobre a vida de um cara no mínimo poderoso. Clive Davis, já ouviu falar? Já sim, se não o nome ou a figura dele diretamente, suas escolhas que moldaram a trilha sonora de bilhões de pessoas ao redor do planeta.
Whitney Huston, Aretha Franklin, Janis Joplin, Kenny G, Maroon Five e quase tudo entre esses artistas, são carreiras cujo dedo dele, Clive Davis, simplesmente fez ser possível a gloriosa existência. Por dois motivos curiosamente simples: Primeiro, por ele ter sido CEO das maiores gravadoras do planeta por mais de três décadas. Segundo, por ter sido CEO, ele simplesmente quis assim. Nós ouvimos o que ele escolheu. Ponto.
Numa era não muito distante, havia um modelo industrial centralizado, em praticamente todas as categorias e segmentos. De laticínios a calçados esportivos, de carros a...música!
E como tudo era centralizado, o sistema era muito funcional e inteligente, os canais de comunicação também eram centralizados, na velha forma de jornais, revistas, rádio, canais de televisão, salas de cinema e não muito mais do que isso...
Por mais que a internet também seja intimamente controlada por pouquíssimos grupos empresariais, nossas opiniões causam mais impacto hoje do que nunca, e não se engane, era isso mesmo que os “New Hippies” do Vale do Silício queriam que achássemos, mas isso é assunto para outro post.
Como resultado desta pseudo-democratização e de influência pessoal, estamos desmontando mercados em pedacinhos, onde antes havia marcas ditatoriais, agora há marcas arrogantes, donas da verdade, e cujos recados estão nos canais errados e com mensagens quase sempre irrelevantes.
Vemos, com muita alegria e otimismo, o surgimento quase que diário de marcas novas pulsantes, cheias de propósito e relevância comendo pela beirada, se conectando de verdade com consumidores, montando um sistema imbatível de comunicação, feito de mim e de você. Indivíduos, com origem, costumes, hábitos e gostos diferentes, mas parecidos em alguns pontos. Essas marcas estão nos ouvindo. Enquanto as marcas ultrapassadas continuam tagarelando...
Uma marca pode falar o que quiser, mas o que estamos ouvindo de fato é a nós mesmos. Nós quem damos dicas importantes, que indicamos as “coisas”, os produtos, os serviços, as marcas uns aos outros.
E nessa nova matrix, quem tem uma boa ideia e um bom modelo de oferta dessa ideia, nos alcança exatamente do jeito que queríamos! Em troca, ajudamos a construir essas mesmas marcas novas nesse novo e descentralizado mundo, com opiniões sólidas como tijolos e mutantes como deveriam ser.
Escolha a sua música e faça a sua festa. Viva a democracia!
Lucas T. Engel
Consultor Sênior na Link-it.
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